Autor Tópico: [AJSA] Notícia  (Lida 257 vezes)

Offline Jefferson Churchill


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[AJSA] Notícia
« Online: 05 de Outubro, 2020, 11:11:04 am »
Notícia
A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios jornalísticos. É a matéria-prima do Jornalismo, normalmente reconhecida como algum dado ou evento, socialmente relevante que merece publicação em um meio de comunicação social. Fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros, podem ser notícia se afetarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa. A notícia pode ser definida como um produto socialmente construído, pois é resultado das posições sociais de indivíduos e grupos envolvidos com a produção jornalística, e pelas próprias fontes que segundo Stuart Hall, atuam como definidores primários dos eventos. A notícia é uma condensação desses determinantes em um produto sócio-cultural essencial na construção dos processos, conteúdos e relações sociais.[1]

Geralmente, a notícia tem conotação negativa, justamente por ser excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes, tragédias, guerras e golpes de estado. Notícias têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram noticiadas previamente por nenhum veículo. A "arte" do Jornalismo é escolher os assuntos que ao público e apresentá-los de modo atraente. Nem todo texto jornalístico é noticioso, mas toda notícia é potencialmente objeto de apuração jornalística.[2]

Quatro fatores principais que influenciam na qualidade da notícia:[3]

Novidade: a notícia deve conter a vida e a vida deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas.
Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais interesse a notícia gera, porque implica mais diretamente na vida do leitor.
Tamanho: tanto o que for muito grande quanto o que for muito pequeno atrai a atenção do público.
Relevância: notícia deve ser importante, ou, pelo menos, significativa. Acontecimentos banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao público.
Notícias chegam aos veículos de imprensa por meio de repórteres, correspondentes, agências de notícias e assessorias de imprensa. Eventualmente, amigos e conhecidos de jornalistas fornecem denúncias, sugestões de pauta, dicas e pistas, às vezes no anonimato, pelo telefone ou por "e-mail".

Nos Estados Unidos é comum a figura do news-hawk[4] (gavião-de-notícia), uma espécie de informante-apurador contratado pelo jornal, que anda em busca de assuntos que potencialmente possam gerar notícias.

A Notícia pode estar dividida nas seguintes partes:


  • Título
Nome dado ao material.

  • Lead
O lead deve informar qual é o fato jornalístico noticiado e as principais circunstâncias em que ele ocorre.

  • Corpo
Onde o fato jornalístico é desenvolvido.
« Última modificação: 05 de Outubro, 2020, 11:24:22 am por Jefferson Churchill »

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[AJSA] Artigo de opinião
« Resposta #1 Online: 05 de Outubro, 2020, 11:14:51 am »
Artigo de opinião
Em Jornalismo, um artigo é um texto eminentemente opinativo — mais que informativo — publicado (ou veiculado) em seção destacada do conteúdo noticioso. Os autores recorrentes de artigos são chamados de articulistas. Em jornais impressos, é normal que os editores convidem personalidades da sociedade (especialistas, intelectuais, autoridades) para escrever artigos sobre temas específicos do noticiário, sem remuneração. Entre leigos, é comum confundir artigo com matéria e tratar ambos os termos como sinônimos, o que é um erro. Tampouco é sinônimo de coluna, que se caracteriza por ser um espaço permanente reservado para textos do mesmo autor. Articulistas, em geral, não são jornalistas.

Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e humor. Há artigos tanto na mídia impressa (jornais, revistas) quanto em rádio e televisão (nesse caso, são lidos no ar pelo articulista).

Muitas vezes, os artigos não refletem necessariamente a opinião do jornal (contrariamente aos editoriais, que são a posição oficial do veículo), e as empresas costumam não assumir responsabilidade por eles, já que são os próprios articulistas quem assinam o texto.

Para escrever um artigo de opinião, é preciso ter argumentos e estes servem para convencer o leitor de uma dada opinião, é preciso apresentar motivos que sejam capazes de justificá-la e tentar convercer o leitor a concordar com ela.

A introdução de um artigo define qual vai ser o assunto do texto, sendo necessário um tema polêmico. O desenvolvimento explica tudo sobre o assunto e apresenta os argumentos. Por último, a conclusão retoma a tese ou propõe soluções. Não há um tamanho padrão para um artigo de opinião. No entanto, os leitores preferem textos mais curtos.

Qualquer pessoa pode ser articulista, independentemente da formação profissional. No Brasil, isso era válido mesmo durante a exigência legal da formação específica em Jornalismo para o exercício da profissão, que vigorou entre 1967 e 2009.
« Última modificação: 05 de Outubro, 2020, 11:24:32 am por Jefferson Churchill »

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[AJSA] Crônica
« Resposta #2 Online: 05 de Outubro, 2020, 11:17:24 am »
Crônica
Na literatura e no jornalismo, uma crónica (pt) ou crônica (pt-BR) é uma narração curta, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal ou mesmo na rádio. Possui assim uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o leem.

Origem: A palavra crônica deriva do latim chronica que significava, no início do Cristianismo, o relato de acontecimentos em sua ordem temporal (cronológica). Era, portanto, um registro cronológico de eventos.[1]
No século XIX, com o desenvolvimento da imprensa, a crônica passou a fazer parte dos jornais. Ela apareceu pela primeira vez em 1799, no Journal des Débats, publicado em Paris.[2]
A crônica literária, surgida a partir do folhetim, na França, tomou características próprias no Brasil.

Características: A crônica é, primordialmente, um texto escrito para ser publicado em jornais e revistas. Assim o fato de ser publicada nesses meios já lhe determina vida curta, pois à crônica de hoje seguem-se muitas outras nas próximas edições.

Há semelhanças entre a crônica e o texto exclusivamente informativo. Assim como o repórter, o cronista se inspira nos acontecimentos diários, que constituem a base da crônica. Entretanto, há elementos que distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como: ficção, fantasia e criticismo, elementos que o texto essencialmente informativo não contém.[3]

Com base nisso, pode-se dizer que a crônica situa-se entre o jornalismo e a literatura, e o cronista pode ser considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia. A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor. Isso faz com que a crônica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. Ao desenvolver seu estilo e ao selecionar as palavras que utiliza em seu texto, o cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os acontecimentos que o cercam.[3]

Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o porta-voz daquele que lê.

Em resumo, podemos determinar quatro pontos:

Seção ou artigo especial sobre literatura, assuntos científicos, esporte etc., em jornal ou outro periódico;
Pequeno conto que relata de forma artística e pessoal fatos colhidos no noticiário jornalístico e cotidiano;
Normalmente possui uma crítica indireta;
Muitas vezes a crônica vem escrita em tom humorístico. Exemplos de autores deste tipo de crônica no Brasil são Fernando Sabino, Leon Eliachar, Luis Fernando Verissimo, Millôr Fernandes.[3] e em Portugal, Ricardo Araújo Pereira.

Tipos de crônicas: Crônica descritiva
Ocorre quando uma crônica explora a caracterização de seres animados e inanimados em um espaço vivo como uma pintura, precisa como uma fotografia ou dinâmica como um filme publicado.

Crônica narrativa
Baseia-se em uma história, o que a aproxima do conto. Pode ser narrado tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular. Texto lírico (poético, mesmo em prosa). Comprometido com fatos cotidianos ("banais", comuns).

Crônica dissertativa
Opinião explícita, com argumentos mais "sentimentalistas" do que "racionais" (por exemplo, ao invés de se escrever "segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil", escreve-se "vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo"). Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.

Crônica narrativo-descritiva
É quando uma crônica explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo tempo mostra fatos cotidianos ("banais", comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na 3ª pessoa do singular. Ela é baseada em acontecimentos diários.

Crônica humorística
Deve ter algo que chame a atenção do leitor assim como um pouco de humor. É sempre bom ter poucos personagens e apresentar tempo e espaços reduzidos. A linguagem é próxima do informal. Visão irônica ou cômica de fatos apresentados

Crônica lírica
Apresenta uma linguagem poética e metafórica. Nela, predominam: emoções, os sentimentos (paixão, nostalgia e saudades ), traduzidos numa atitude poética.

Crônica poética
Apresenta versos poéticos em forma de crônica, expressando sentimentos e reações de um determinado assunto.

Crônica jornalística
Apresentação de notícias ou fatos baseados no cotidiano. Pode ser policial, desportiva, etc..

Crônica histórica
Ver artigo principal: Crónica (historiografia)
Baseada em fatos reais, ou fatos históricos.[1]

A palavra crônica se origina do latim Chronica e do grego Khrónos (tempo). O significado principal neste tipo de texto é precisamente o conceito de tempo, ou seja, é o relato de um ou mais acontecimentos em um determinado período. O número de personagens é reduzido ou até podem não haver personagens. É a narração do cotidiano das pessoas de forma bem humorada, fazendo com que se veja de uma forma diferente aquilo que parece óbvio demais para ser observado.[1]

Uma boa crônica é rica nos detalhes, descritos pelo cronista de forma bem particular, com originalidade.

A partir do século XV, com Fernão Lopes, a crônica passou a ser uma perspectiva individual ou interpretativa. Até então, resumia-se a relatos de acontecimentos históricos, registrados por ordem cronológica. A crônica de teor crítico surgiu com os periódicos (folhetins e jornais), evoluindo até adentrar de vez ao jornalismo e à literatura.[3]

A crônica histórica busca sempre relatar a realidade social, política ou cultural, avaliada pelo autor quase sempre com um tom de protesto ou de argumentação.
Existem duas formas de crônica: a crônica narrativa, relatando fatos do cotidiano, com personagens, enredo, etc. e a crônica jornalística, uma forma mais moderna, que não narra e sim disserta, defende ou mostra um ponto de vista diferente do que a maioria enxerga. As semelhanças entre elas são o caráter social crítico, o humor, a ironia, até mesmo com um tom sarcástico. A crônica conta fatos cotidianos comuns da vida real das pessoas. Não se deve confundir crônica com conto ou fábula, que contam fatos inusitados e irreais.
« Última modificação: 05 de Outubro, 2020, 11:23:24 am por Jefferson Churchill »

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[AJSA] Entrevista
« Resposta #3 Online: 05 de Outubro, 2020, 11:19:20 am »
Entrevista
Entrevista é uma conversa entre duas ou mais pessoas (o/s) ,entrevistador(es) e o(s) entrevistado(s). Onde perguntas são feitas pelo entrevistador de modo a obter informação necessária por parte do entrevistado.[1]

Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter destas declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada.

Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está a afetar o fornecimento de serviços à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que considera positivo na instituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou perdendo a objetividade.

As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas, reticências, parêntese e às vezes colchetes, que servem para dar ao leitor maior informações que ele supostamente desconhece. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de "olho".

Métodos de entrevista: Os métodos de entrevista são uma aplicação dos processos fundamentais de comunicação que quando são corretamente utilizados permitem ao investigador retirar das suas entrevistas elementos de reflexão muito ricos. Nos métodos de entrevista, contrariamente ao inquérito por questionário, há um contato direto entre o investigador e os seus interlocutores. Esta troca permite o interlocutor do investigador exprimir as suas ideias, enquanto que o investigador, através das suas perguntas, facilita essa expressão e não deixa-la fugir dos objetivos de investigação, cabendo também ao investigador trazer elementos de análise tão fecundos quanto possível.

No âmbito da análise de histórias de vida, o método de entrevista é extremamente aprofundado e detalhado com muitos poucos interlocutores, o que leva a que as entrevistas sejam divididas em várias sessões.

O método de entrevista é especialmente adequado na análise que os autores dão às suas práticas, na análise de problemas específicos e na reconstituição de um processo de ação, de experiências ou acontecimentos do passado. Tem como principais vantagens o grau de profundidade dos elementos de análise recolhidos, a flexibilidade e a fraca diretividade do dispositivo que permite recolher testemunhos dos interlocutores. Quanto a desvantagens, a questão de flexibilidade também pode vir ao de cima. Isto porque o entrevistador tem que saber jogar com este fator, de forma a estar à vontade, mas também de forma a não intimidar o interlocutor, o que poderia ocorrer caso a linguagem ou a postura do entrevistador fossem de tal forma flexíveis. Outra desvantagem comparativamente ao método de inquérito por questionário é o fato de os elementos recolhidos não se apresentarem imediatamente sob uma forma de análise particular.

O método das entrevistas está sempre relacionado com um método de análise de conteúdo. Quantos mais elementos de informação conseguir aproveitar da entrevista, mais credível será a nossa reflexão e maior será a completude da ação.

Entrevista não-dirigida: Uma entrevista para a televisão.

A entrevista semi-direta é a mais utilizada em investigação social.[2] É semi-diretiva pois é encaminhada por uma série de perguntas guias, relativamente abertas e não muito precisas, que não obedecem necessariamente à ordem que está anotada no guião. O entrevistador desta forma, “deixará andar” dentro do possível o entrevistado, esforçando-se apenas para reencaminhar a entrevista para os seus objetivos quando esta se perder um pouco, colocando perguntas às quais o entrevistado não chega por si próprio, de forma natural e no tempo certo.

Entrevista dirigida: Já a entrevista dirigida, ou focused interview, tem como objetivo analisar uma experiência que o entrevistado tenha vivido ou assistido.[3] O entrevistador não dispõe de nenhum guia com perguntas preestabelecidas, mas sim de uma lista de tópicos relativos ao tema estudado que serão necessariamente abordados ao longo da entrevista com o desenrolar da conversa.
« Última modificação: 05 de Outubro, 2020, 11:23:35 am por Jefferson Churchill »

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[AJSA] Reportagem
« Resposta #4 Online: 05 de Outubro, 2020, 11:20:48 am »
Reportagem
A reportagem é um conteúdo jornalístico, escrito ou falado, baseado no testemunho direto dos fatos e situações explicadas em palavras e, numa perspectiva atual, em histórias vividas por pessoas, relacionadas ao seu contexto. A reportagem televisiva, testemunho de ações espontâneas, relata histórias em palavras, imagens e sons.

O repórter pode valer-se também de fontes secundárias (documentos, livros, almanaques, relatórios, recenseamentos, etc.) ou servir-se de material enviado por órgãos especializados em transformar fatos em notícias (como as agências de notícias e as assessorias de imprensa).

Em diversas editorias do jornalismo diário (assim como em rádio, TV e internet), é comum a figura do repórter setorista, ou seja, especializado em cobrir um determinado assunto ou instituição.

Na editoria de Geral, por exemplo, existem os setoristas de polícia, saúde, transportes, serviços públicos, do Instituto Médico Legal, etc. Em Política, há os setoristas do palácio do governo, do parlamento, de cada ministério ou secretaria, entre outros. Já na Economia, trabalham setoristas de mercado financeiro, do Banco Central, de petróleo, de construção civil, e similares.

Por classificação, a reportagem é do gênero informativo, e não pode conter a opinião do autor. Entretanto, muitas vezes é possível ver autores expressando suas opiniões em uma reportagem, principalmente no jornalismo literário.

A reportagem, tal como a notícia, tem uma estrutura.

Essa estrutura é: manchete, título auxiliar, lead e corpo da reportagem.

Exatidão na reportagem: Para que o repórter possa obter êxitos na sua vida profissional será necessário tomar alguns cuidados, como a adoção de processos de apuração e checagem rigorosos, evitando, assim, determinados vícios. Com isso, espera-se que o profissional chegue o mais próximo possível da exatidão em seu trabalho.

Os jornalistas, mesmo em pleno século XXI, ainda têm dificuldades de criar procedimentos que minimizem os erros na exatidão da reportagem. Isso teria efeitos diretos na credibilidade do jornalismo. Sejam erros por má fé ou por descuido, ambos afetariam a visão da sociedade em relação à ética do profissional. Além do exemplo do Jornalista Jayson Blair, do The New York Times (que escrevia matérias importantes para o jornal), trechos de diversos códigos de ética jornalística ilustram aspectos normativos da prática jornalística relativos à exatidão na reportagem, a exemplo de recomendações como: "procure a verdade e a publique", "confirme a exatidão da informação de todas as fontes e exercite o cuidado de evitar erros inadvertidos".[1]

Outro fator que interfere (positivamente ou negativamente) na exatidão da reportagem são os avanços tecnológicos. Com a facilidade de acesso à internet, várias plataformas surgiram, multiplicando assim as fontes de informação. Entretanto, essas facilidades podem colocar em xeque o papel social do repórter e dos jornalistas como um todo. Isso porque, funções que antes eram confiadas apenas a jornalistas, hoje podem ser desempenhadas por usuários comuns da internet. Por outro lado, haveria aspectos positivos nos avanços dessas plataformas. Isso porque jornalistas podem ser donos de seus próprios blogs, web rádios, canais no YouTube e, assim, terem um pouco mais de autonomia e liberdade para divulgarem os seus conteúdos, mas sempre sob o dever de manter a ética profissional e o compromisso com a sociedade.
« Última modificação: 05 de Outubro, 2020, 11:23:45 am por Jefferson Churchill »

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[AJSA] Editorial
« Resposta #5 Online: 05 de Outubro, 2020, 11:22:58 am »
Editorial
Um editorial é um artigo que apresenta a opinião de um grupo sobre determinada questão; por causa disso, ele normalmente não é assinado. Assim como um advogado faria, escritores de editoriais discutem sobre um argumento que já foi feito e tentam persuadir os leitores a concordar com eles acerca de determinado assunto atual e polêmico. Essencialmente, um editorial é um texto de opinião que apresenta o posicionamento da empresa jornalística - revelada, em linhas gerais, nos manuais de redação ou cartas de princípios[1][2].

A opinião de um veículo, entretanto, não é expressada exclusivamente nos editoriais, mas também na forma como organiza os assuntos publicados, pela qualidade e quantidade que atribui a cada um (no processo de edição jornalística). Em casos em que as próprias matérias do jornal são imbuídas de uma carga opinativa forte, mas não chegam a ser separados como editoriais, diz-se que é jornalismo de opinião.

Linha editorial: Linha editorial é uma política predeterminada pela direção do veículo de comunicação ou pela diretoria da empresa que determina "a lógica pela qual a empresa jornalística enxerga o mundo; ela indica seus valores, aponta seus paradigmas e influencia decisivamente na construção de sua mensagem".[3]

A linha editorial orienta o modo como cada texto será redigido, define quais termos podem ou não, quais devem ser usados, e qual a hierarquia que cada tema terá na edição final (seja em páginas do meio impresso ou na ordem de apresentação do telejornal ou radiojornal e na web).

Dessa forma, a linha editorial pode ser considerada um valor-notícia. No entanto, "a linha editorial não é um valor-notícia dos fatos a serem abordados (ou seja, um valor-notícia de seleção), mas sim um valor-notícia da forma de realizar a pauta (ou seja, um valor-notícia de construção)"[4].

O editorial está normalmente em jornais, revistas e artigos de internet.

Artigos e artiguetes: Grande parte dos jornais impressos (e também digitais) reserva uma página ou um espaço para a publicação de artigos opinativos por personalidades, especialistas ou convidados que tenham um comentário ou uma opinião relevante a expressar. Muitas vezes a página de artigos é editada ao lado da página editorial, quando não na mesma. Em TV e rádio, essa prática é mais rara.

Outro espaço dedicado a textos opinativos, embora não de conteúdo editorial e raramente de teor jornalístico, são as colunas e críticas.

Além da página de editoriais principal, alguns veículos impressos optam por inserir ainda as chamadas notas editoriais em outras páginas, geralmente ao lado da matéria que trata do assunto opinado. Em alguns jornais, esta prática também é apelidada de artiguete ou nota pepino duro.

Cartas do leitor: Um espaço comum para expressar a opinião do público do veículo é a seção das cartas do leitor. O jornal seleciona, entre as cartas recebidas, algumas que tenham opinião bem argumentada (e, claro, um bom texto) para publicar e registrar, por amostragem, o pensamento dos leitores. Certas vezes, existe a preocupação de contrabalançar e equilibrar as opiniões, escolhendo sempre idéias opostas. Na maioria das edições, porém, jornalistas selecionam cartas que sejam alinhadas com as posições do veículo.

Este tipo de prática foi facilitada após a adoção do correio eletrônico. A carta do leitor é utilizada para dizer o que você achou do artigo citado nessa revista .

Charge e ilustrações editoriais: As charges, caricaturas, ilustrações e pinturas editoriais são um meio visual e extremamente eloqüente de expressar opiniões, geralmente por meio de técnicas de humor. No Brasil, jornais como O Globo trazem charges em destaque na primeira página (atualmente executadas por Chico Caruso). O Jornal do Brasil fazia o mesmo até meados dos anos 1990, com o cartunista Ique. O jornal francês Le Monde é conhecido por utilizar diariamente uma ilustração editorial no alto da primeira página, logo abaixo a manchete, e nunca fotos.

O New York Times se utiliza, na página Op-Ed, de uma diagramação diferenciada com ilustrações e pinturas realizadas por profissionais consagrados. Muitos jornais e revistas brasileiras adotam uma abordagem semelhante nas páginas de opinião, optando por ilustrações expressivas em vez de charges políticas.

As ilustrações dessas páginas expressam uma opinião assim como o artigo, mas de uma forma mais subjetiva, enriquecendo o sentido conceitual do texto escrito.