Na cidade de concreto e aço erguido,
O agricultor, destemido, esquecido.
Entre arranha-céus e luzes a brilhar,
Cultiva sonhos na terra a brotar.
Seus dedos calejados, mãos que semeiam,
No solo urbano, esperanças que almeiam.
Entre o tráfego intenso e o asfalto frio,
O agricultor persiste, é o seu desafio.
Nas lajes e canteiros, flores e cores,
Cultiva o verde entre tantos rumores.
Em meio ao caos da vida metropolitana,
É o agricultor quem planta a esperança.
Nos terraços altos, hortas em telhados,
Colheitas urbanas, frutos abençoados.
Sua enxada é um símbolo de resistência,
Numa cidade que esquece da essência.
Da semente à colheita, um ciclo renasce,
O agricultor na cidade, forte e audaz.
Guardião do solo em meio à selva de pedra,
Na urbe, é a voz que clama pela terra.
Entre fios elétricos e luzes de neon,
Ele planta vida, em cada rincão.
Agricultor na cidade, guardião do chão,
É o poeta que escreve com a plantação.
Cultiva sonhos onde o concreto impera,
Na cidade grande, semeia a primavera.
Seja em praça, quintal ou beco estreito,
O agricultor na cidade é o herói discreto.
Assim, entre edifícios que tocam o céu,
Ele cultiva o verde, um verdadeiro papel.
Na trama urbana, tecida com suas mãos,
O agricultor na cidade é guardião.
Que seu labor seja visto e reconhecido,
Neste oásis de verde, no meio do ruído.
Pois na cidade que nunca dorme, ele persiste,
O agricultor, com sua lida, nunca desiste.