PROFILE LUISA EDUXITEIRA: https://br.fenixzone.com/foro/index.php?action=profile;u=693459PROFILE ALANDA SANTOR: https://br.fenixzone.com/foro/index.php?action=profile;u=642474PROFILE YASMIN CAPETONA: https://br.fenixzone.com/foro/index.php?action=profile;u=293389Denunciante: Eu mesma, Drª Valdelice Beralda, ao seu dispor:OCRIM DE XITERS DENUNCIADOS:PROFILE EVELYN ANGLOANALFA : https://br.fenixzone.com/foro/index.php?action=profile;u=734624PROFILE DANIEL SCHUMANN: https://br.fenixzone.com/foro/index.php?action=profile;u=554146PROFILE CONNOR WATSON: https://br.fenixzone.com/foro/index.php?action=profile;u=360212PROFILE FERLAND ESFAQUEADOR: https://br.fenixzone.com/foro/index.php?action=profile;u=742215Sou viajante solitaria, até pareço uma rosália, dentro do meu caminhão. Mas, ao trafegar pela avenida do paint da praia, fui severamente atacada: Luisa e seus comparas xiters me atacacaram, em um festival de malfeitos:Peço suspeição da idoniedade dos meliantes e me encontro à disposição, quaisque que sejam as duvidas. Grata! Beijinho para encher coleteh!"Amanhã não será um dia melhordo que hoje, que não é um diamelhor do que ontem. Há umsentimento fúnebre no ar,de quem tem vivenciadouma morte após a outra,de quem tem vivenciado,antecipadamente, mais umamorte, a última delas, a morteapós a própria morte, a morteda qual não se tem retorno,a morte da qual os mortosnão voltam dela para a vida,a morte a que apenas os vivosse encaminham para elasem jamais poder voltar,a morte da qual não se tempoemas para se fazer,não a morte simbólica,mas a outra, a real,a experiência final da morteem vida, da qual sobrevivemos,se tanto, ainda que neste mundo,enquanto fantasmas desossados,descarnados, desfigurados,que berram na tentativa de evitara morte e de evitar, a todo custo,a morte em vida. Berramos em vão.Não assustamos mais ninguémcom nossos berros. São eles, antes,os inassustáveis, que nos assustam.A cada momento, tentamos aprendera fazer, fantasmaticamente,o improvável luto de nossasmortes, o que, quando conseguimos,é tão somente de um modoindividual, jamais coletivamente.Nunca aprendemos a fazero luto coletivo do que matoue torturou muitos de nós, nuncaaprendemos a fazer a luta coletivacontra nossa história de horror,que permanece torturando e matando.Os torturadores e assassinosestão vivos, viveram em famíliasem ser incomodados, falamem nome da família e de deus,viraram nomes de ruas, pontes,cidades até se alçarem, de novo,ao posto da presidência e da vice-presidência da repúblicae, dessa vez, com o amplo apoiodo fascismo que há nas pessoas,forjado por propagandas enganosasda grande mídia, por fake newscompradas pelas grandes empresasde outras grandes empresasque governam o mundo,os países e as pessoas.Se, a cada vez que alguém grita“não passarão”, eles já passarame continuam passando com força,cada vez, desmesuradamentemaior, como alguns de nós aindaperguntamos “como resistir?”,“como resistir hoje?”.Neste momento, é importante dizerque a poesia não é uma armacontra o autoritarismo, maso desejo de desarmaro autoritarismo, desarmandoos que querem acabarcom a democracia em nomedo autoritarismo ou da ditadura.Desarmar, portanto, ao menos,e para quase ninguém,mas desarmar, desde nossaimpotência radical,um dos modos do autoritarismo,um dos modos do fascismo,o da língua. Amanhãnão será um dia melhordo que hoje, que não é um diamelhor do que ontem. Alguns anosatrás, foi possível um recomeçopara um país que vivera 21 anossob governo militar, sob tortura,sob assassinatos, sob corrupção,sob inflação desmesurada, com dívidaexterna impagável, a que agorase quer, declarada e cinicamente,voltar. Depois de, antes mesmode ser eleito, já ter dito e repetido“eu sou favorável à tortura,tu sabes disso, e o povo tambémé favorável à tortura”, “atravésdo voto você não vai mudar nadanesse país, nada, absolutamentenada, só vai mudar, infelizmente,no dia que nós partirmospara uma guerra civil aqui dentro,e fazendo o trabalhoque o regime militar não fez,matando uns 30 mil… Se vai morreralguns inocentes, tudo bem”,“minha especialidade é matar,não é curar ninguém”, “o erroda ditadura foi torturare não matar”, “Pinochetdevia ter matado mais gente”,“vamos fuzilar a petralhada”,o presidente, em campanha,afirmou que o objetivode seu governo é fazercom que o Brasil volte40 ou 50 anos, ou seja, volte paraos piores anos, para os porões,para os calabouços mais sombriosda ditadura militar.A partir de então, é preciso dizerque o futuro é o passado, queo que está à frente é o que está40 ou 50 anos atrás, a partirde então, tudo é o fim,tudo é pior do que o fim,tudo é o fim e o dia seguintedo fim, a sobrevivênciafantasmática, desossada,descarnada, desfigurada,diária, frente ao pior,ao mais do que pior.Em campanha, repetindopublicamenteo que nenhuma instituiçãolhe limitou dizer nem fazer,ele já havia dito tudo:“Vamos fazer uma limpezanunca vista na históriadesse Brasil”, “vamos varrerdo mapa esses bandidosvermelhos do Brasil”,“essa turma, se quiser ficaraqui, vai ter que se colocarsob a lei de todos nós.Ou vão para fora ou vãopara a cadeia. Vai tudo vocêspara a Ponta da praia”.“Ponta da praia”, vocêssabem, é a base da marinhana restinga de Marambaiano Rio de Janeiro, ondeos opositores da ditaduraeram executadose desovados. Tudo issocomeçou há muito tempo,tudo isso começoucom genocídios e escravidões,tudo isso atravessou muitosde nossos momentos, tudoisso poderia ter várioscomeços e recomeços,mas, mais recentemente,tudo isso recomeçou,por exemplo, naquele17 de abril de 2016,o dia em que o pior do Brasilse expôs públicae espetacularizadamentesem qualquer escrúpulo,na programação de um diade domingo, em nome das famíliasdos deputados, em nomede deus, em nome de qualquercoisa, menos em nomeda coisa pública.Nesse dia, ele, o pior, como outrosdentre os piores, deu seu votoa favor do impeachment dizendoo que de maneira algumapoderia ser permitidoser dito: “pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim”.No elogio ao torturadorda presidenta da república(e de tantos outros e outras),em plena câmara dos deputados,televisionado em espetáculopara todo o país,no elogio do torturadorconhecido por, além de tudo o mais,colocar ratosnas vaginas das mulheres,conhecido por fazer criançasassistirem seus paissendo torturados,conhecido por torturar as criançasna frente de seus pais,quando ele deveria ter saídodali preso, mas não saiu,o ilimitado do autoritarismobrasileiro não encontroumais nenhuma limitação.Naquele dia, com essae outras falas, seguidamente,terríveis, mesmo para nós,que sempre soubemosdos nossos piores dias,aquele foi o dia do piordo que o pior. De lá para cá,temos berrado em vão,em vão, berramos quandodepuseram injustamentea presidenta, em vão, berramosquando prenderam injustamenteo ex-presidente operário,impossibilitando sua candidatura,em vão, berramos contra o Supremo,contra o TSE, em vão berramoscontra o assassinato de Mariellee em vão continuamos a berrar,ainda que tudo esteja às claras,quem mandou matar Marielle?Não assustamos mais ninguémcom nossos berros; são eles,antes, os inassustáveis,que diariamente nos assustam.De lá para cá, como o esperado,tudo só vem piorandocada vez mais, com o plenoconsentimento dos poderesinstitucionais, do Supremo,e teimam, ainda, em dizer,que o Brasil está funcionandonormalmente. Não, ele nãoestá funcionandonormalmente, não, ele não.IIPara quem não sabe, para quemnão viu, não leu, não ouviu,para quem não quer saber,para quem não quer ver,para quem não quer ler,para quem não quer ouvir,para quem está surdo,para quem não quer cheiraro que está, fortemente, pelo ar,mesmo que nada então adiantedizer, saiba, entretanto, quesão muitos os testemunhosde tal tempo, do tempoda ditadura militar.Já se perguntou quemtestemunha pela testemunha– uma pergunta aporética, claro –,e não se trata de modo algumde fazer com que a poesiatestemunhe pela testemunha,mas que ela possa guardartestemunhos que foramdolorosamente prestados,como, por exemplo, o de EnyMoreira, advogada:“Dia 10 de novembro de 1972,no Jornal Nacional, o Cid Moreiralê uma nota oficial do Primeiro Exércitodando conta de que ‘foi morta,num tiroteio, a terrorista Aurora MariaNascimento Furtado’, e,de manhã cedo, no dia seguinte,a família me liga e me pedepara ver se eu conseguialiberar o corpo. Eu fui ao Exército,o Exército disse que era no Dops,eu fui para o Dops, disseramque não era lá e, quando eu desciado elevador, um policial,que me conhecia das tantas idas,me disse ‘ó, o corpo estavano IML, mas já foi para o cemitériodo Caju. Eu fui para lá. Cheguei láestava a Dirce Drach. Dirce Draché uma advogada, que trabalhou comLino Machado. Quando eu cheguei,a Aurora estava já no caixão… Gente,é muito difícil lembrar isso. Nela,foi posto um pano branco, rasgadoaqui para imitar um vestido.A gente foi cobrindo de flores,ela tinha um olho saltado, o outrocompletamente preto,um afundamento… Um afundamentono maxilar, uma fratura expostano braço, mordidas pelo corpo,não tinha unha nem bico de peito.O cabelo dela era liso. Ela tinha 26anos, branquinha, eu tinha a mesmaidade dela. O cabelo dela lisoassim e tinha uma franjaque tinha sido cortadaem cima da sombrancelhatoda irregular. Eu fiz um gesto,desse gesto de carinhoque você faz em criança,passando a mão assim…Quando eu passei a mão,que o cabelo levantou,meu dedo afundou. Eucomecei a mexer no cabelo.Eles tinham… A últimacoisa que fizeram com elafoi apertar um torniquete –por isso que ela tinhaum olho saltado. Quer dizer,a única prova é a minha palavrae a da Dirce. O pior disso éque eu tenho certeza queos homens que fizeram issocom ela eram os mesmosque estavam lá até a ambulânciasair com o corpo dela praSão Paulo. A gente tratoude botar muita flor nelapara ver se os paisnão percebiam. Desculpa”.Como o de Cecília Coimbra:“Uma das coisas que era comum,quando prendiam um casaljunto, era levar um e outropara ver o outro ser torturado.Então, me levaram algumas vezespara ver Novaes ser torturado…É uma coisa difícil pra gente, né,falar disso. E os requintesde crueldade que fazemcom a mulher. Frequentemente,a gente era colocada nua,molhada, o molhar era para queos choques ficassem mais intensos,os choques elétricos, na boca,no seio, na vagina, na orelha,no nariz… A crueldade chegoude terem um filhote de jacarélá no Doi-Codi, que eles puxavamcom uma corda no pescoço,esse filhote de jacaré. Eu fuiuma noite, não lembro se era noiteou se era dia, eu fui levadapara sala ao lado da sala de tortura,me botaram nua, me amarraramnuma cadeira e botaram o jacarépassando pelo meu corpo.Eu acreditei que o meu filhotinha sido entregue ao juizadode menores, eles me fizeram acreditarnisso. Meu filho tinha 3 anos e meio,o José Ricardo, e eu caí na armadilha,porque acreditei mesmo, porque eu vitodos os meus irmãos presose meus irmãos não tinham nenhumamilitância política. Eles invadirama casa da minha mãe, prenderammeus irmãos, minha cunhada,que estava fazendo um mêsde casada com meu irmão,eu acreditei que minha mãeestivesse presa, eles, inclusive,brincaram, de gozação, diziam‘a Maria Guerrilheira’, porqueminha mãe se chamava Maria.Depois eu vim a saber queas únicas pessoas que nãoforam presas foram minha mãe,meu filho de três anos e meioe meu irmão, CustódioCoimbra, que era menorde idade, tinha 14 anosna época”. Escutemosmais uma vez, em um retornoque rememora pela diferença,a memória de Cecília Coimbra:“Em agosto de 1970, fui presae levada para o DOPS/RJ.Dois dias depois, algemadae encapuzada, fui parao DOI-CODI/RJ, no quartelda Polícia do Exército,à Rua Barão de Mesquita,na Tijuca. Falar daquelestrês meses em que fiqueidetida incomunicávelsem um único banhode sol ou qualquer outrotipo de exercício é falarde uma viagem ao inferno:dos suplícios físicose psíquicos, dos sentimentosde desamparo, solidão, medo,pânico, abandono, desespero.A tortura não quer ‘fazer’ falar,ela pretende calare é justamente essa a terrívelsituação: através da dor,da humilhação e da degradaçãotentam transformar-nosem coisa, em objeto.Em especial, a torturaperpetrada à mulheré violentamente machista.Inicialmente são os xingamentos,as palavras ofensivase de baixo calão ditas agressivae violentamentecomo forma de nos anular.Chegando ao DOI-CODI/RJ,fui levada encapuzadapara o andar térreo,para uma sala: a sala de torturas,conhecida como ‘sala roxa’.De capuz, tive minhas roupasarrancadas e meu corpo molhado.Fios foram colocadose senti os choques elétricos:no bico dos seios, vagina, boca,orelha e por todo o corpo.Gritavam palavrões e impropérios,chutavam-me. Exigiam-me,através das torturas, que eu falasseo que não sabia! No dia seguinte,não sei precisar bem, fuinovamente levadapara a sala de torturae lá assisti parte da torturaque meu marido sofria:choques elétricosem todo o seu corpo.Seus gritos acompanharam-medurante anos. Era muito comumesta táticaquando algum casal era preso,além de se tentar jogar umcontra o outro em funçãode informações que pseudamentealgum teria passadopara os torturadores…‘Será mesmo que ele falou isso?’…Era necessário um esforçomuito grandepara não sucumbirmos…‘Se falou está louco!’…era o meu argumento,repetido à exaustão.Continuavam querendo sabersobre o sequestro do embaixadoralemão. Fui novamente despida,e colocada numa salaque ficava ao lado da de torturas.Fui amarrada numa cadeirae colocaram um filhote de jacarésobre meu corpo. Desmaiei.Os guardas que me levavam,sempre encapuzada, constantementepraticavam vários abusos sexuais…Os choques elétricos no meu corponu e molhadoeram cada vez mais intensos…Eu me sentia desintegrar:a bexiga e o ânus sem nenhum controle…‘Isso não pode estar acontecendo:é um pesadelo… Eu não estou aqui…’,pensava eu. O filhote de jacarécom sua pele gelada e pegajosapercorrendo meu corpo…‘E se me colocam a cobra,como estão gritando que farão?’…Perco os sentidos, desmaio.Numa madrugada fui retiradada cela, levada para o pátio,amarrada, algemadae encapuzada… Aos gritosdiziam que ia ser executadae levada para ser ‘desovada’como em um ‘trabalho’do Esquadrão da Morte…Acreditei… Naquele momentomorri um pouco… Em silêncio,aterrorizada, me urinei…Aos berros, riram e me levaramde volta à cela… Parece que,naquela noite, não tinhammuito ‘trabalho’ a fazer …Precisavam se ocupar”.IIIO que eu vi até o momentoé que outras gripesmataram mais do que essa.Assim como uma gripe, outraqualquer leva a óbito.Por enquanto, nada de alarme.Não é uma situação alarmante.Não é motivo para pânico.Se estiver tudo redondinhono Brasil, não vamos buscarninguém [na China]. Se dependerdo presidente, não vamosbuscar ninguém. Custa caroum voo desses.Foi surpreendente o que aconteceuna rua até com essesuperdimensionamento.O vírus chegou, está sendoenfrentado por nós e brevementepassará. Nossa vida temde continuar. Que vai ter problemavai ter, quem é idoso, quemestá com problema, quem temalguma deficiência,mas não é tudo isso que dizem.Quem tem obrigação de cuidardos idosos é a família"https://revistacult.uol.com.br/home/poema-para-catastrofe-do-nosso-tempo/Poema para a catástrofe do nosso tempo.
excelente report
Citação de: Law Han em 16 de Abril, 2021, 09:42:34 amexcelente reportVai cagar
Citação de: Yasmim Capettine em 16 de Abril, 2021, 09:53:16 amCitação de: Law Han em 16 de Abril, 2021, 09:42:34 amexcelente reportVai cagarOi, você vem sempre aqui?